Este primeiro post eu dedico ao Deus Grego Eros.
Por: Lí Francys
A palavra Erotismo provém do latim Eroticus e este do grego Erotikós, que significava amor e sensualidade. Em grego esta palavra deriva-se de Eros, o Deus grego do amor. “Cupido” no panteão romano, que com sua flecha, unia corações e até hoje é símbolo de amor, e desejo intenso.
Existem algumas interpretações sobre a origem de Eros, uma delas é do poeta grego Hesíodo que viveu no século VIII a.C que descreve na sua Teogonia (conjunto de deidades que formam a mitologia de um povo e também considerada doutrina sobre a origem dos deuses e, quase sempre, a origem do mundo) descreve Eros como sendo filho de Caos, muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso. Depois há outra tese que diz que era filho de Afrodite e Zeus.
Segundo Platão, Pinia ou Pênia (pobreza) vai mendigar na porta do banquete em honra ao nascimento de Afrodite, e se aproveita da embriagues de Poro (riquesa) e então, nos jardins da casa de Zeus, ela se deita com ele e concebe Eros.
Eros tornou-se seguidor de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza. Devido a união da pobreza e riqueza o amor tem o caráter de estar sempre ávido de algo, ao mesmo tempo em que sente-se cheio.
A lenda de Eros e Psique - Amor e Alma
Este mito é narrado no livro “ O Asno de Ouro” de Apuleio, um escritor latino que estudou em Roma e em atenas. A lenda cita a bela mortal por quem Eros se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do amor, pois os homens deixavam de freqüentar seus templos para adorar uma simples mortal.
Afrodite mandou Eros atingir Psiquê (alma) com suas flechas, fazendo-a se apaixonar pelo ser mais monstruoso pudesse existir, mas, ao contrário do esperado, Eros acaba se apaixonando pela moça pelo fato de ter sido espetado acidentalmente por uma de suas próprias setas. Com o próprio deus do Amor apaixonado por ela, suas setas não foram lançadas para ninguém. O tempo passava, e Psiquê não gostara de ninguém, e nenhum de seus admiradores tornara-se seu pretendente.
O rei pai de Psiquê, preocupado com o fato de já ter casado duas de suas filhas, que nem de longe eram belas como Psiquê, quis saber a razão pela qual esta não conseguia encontrar um noivo. Consulta então o Oráculo de Delfos, que prevê, induzido por Eros, ser o destino de sua filha casar com um ser monstruoso.
Após muito pranto, mas sem ousar contrariar a vontade de Apolo, a jovem foi levada ao alto de um rochedo e deixada à própria sorte, até adormecer e ser conduzida pelo vento Zéfiro a um palácio magnifico, que daquele dia em diante seria seu.
Lá chegando, a linda princesa não encontrou ninguém, mas tudo era suntuoso e, quando sentiu fome, um lauto banquete estava servido. À noite, uma voz suave a chamava e, levada por ela, conheceu as delícias do amor, nas mãos do próprio deus do amor.
Os dias se passavam, e ela não se entediava, tantos prazeres tinha: acreditava estar casada com um monstro, pois Eros não lhe aparecia e, quando estavam juntos, usava sempre um capuz. Ele não podia revelar sua identidade pois, assim, Afrodite descobriria que não cumprira suas ordens - e apesar disto, Psiquê amava o esposo, que a fizera prometer-lhe jamais retirar-lhe o capuz.
Passado um tempo, a bela jovem sentiu saudade de suas irmãs e, implorando ao marido que permitisse que elas fossem trazidas a seu encontro. Eros resistiu e, ante sua insistência, advertiu-a para a alma invejosa das mulheres.
As duas irmãs foram levadas. A princípio mostraram-se apiedadas do triste destino da sua irmã, mas vendo-a feliz, num palácio muito maior e mais luxuoso que o delas, foram sendo tomadas pela inveja. Constataram, então, que a irmã nunca tinha visto a face do marido, então sugeriram-lhe que, à noite, quando este adormecesse, tomasse de uma lâmpada e uma faca: com uma iluminaria o seu rosto; com a outra, se fosse mesmo um monstro, o mataria, tomando posse de todas as riquezas.
Julgando que os conselhos das irmãs eram ditados por amizade, pôs em execução o plano que elas haviam lhe dito: Após perceber que seu marido entregara-se ao sono, levantou-se tomando uma lâmpada e uma faca, e dirigiu a luz ao rosto de seu esposo, com intenção de matá-lo.
Espantada e admirada com a beleza de seu marido, desastradamente deixa pingar uma gota de azeite quente sobre o ombro dele. Eros acorda - o lugar onde caiu o óleo fervente de imediato se transforma numa chaga: O Amor está ferido!
Percebendo que fora traído, Eros enlouquece, e foge voando pelas enormes janelas, gritando repetidamente: O amor não sobrevive sem confiança!
Psiquê fica sozinha, e desesperada com seu erro, no imenso palácio. Precisa reconquistar o Amor perdido. Vaga pelo mundo, desesperada, até que resolve consultar-se num templo de Afrodite. A deusa, já cientificada de que fora enganada, e mantendo Eros sob seus cuidados, decide impor à pobre alma uma série de tarefas, esperando que delas nunca se desincubisse, ou que tanto se desgastasse que perdesse a beleza.
Depois de executar todas as árduas tarefas ordenadas por Afrodite, entre elas perdir um pouco da beleza da deusa Perséfone, crente que Psiquê nao voltaria com vida, a jovem entrega a caixa contendo a beleza à Afrodite, enquanto Eros vai até Zeus e pede que o case com Psiquê que concede esse pedido, e posteriormente Psiquê é tornada imortal e passam a viver no Olimpo, onde tiveram os tri-gêmeos: Volúptas, Volúptia e Eros II.
"Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna." (Platão)
Fontes:
Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal; e arquivo de livros pessoais.
Este mito é narrado no livro “ O Asno de Ouro” de Apuleio, um escritor latino que estudou em Roma e em atenas. A lenda cita a bela mortal por quem Eros se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do amor, pois os homens deixavam de freqüentar seus templos para adorar uma simples mortal.
Afrodite mandou Eros atingir Psiquê (alma) com suas flechas, fazendo-a se apaixonar pelo ser mais monstruoso pudesse existir, mas, ao contrário do esperado, Eros acaba se apaixonando pela moça pelo fato de ter sido espetado acidentalmente por uma de suas próprias setas. Com o próprio deus do Amor apaixonado por ela, suas setas não foram lançadas para ninguém. O tempo passava, e Psiquê não gostara de ninguém, e nenhum de seus admiradores tornara-se seu pretendente.
O rei pai de Psiquê, preocupado com o fato de já ter casado duas de suas filhas, que nem de longe eram belas como Psiquê, quis saber a razão pela qual esta não conseguia encontrar um noivo. Consulta então o Oráculo de Delfos, que prevê, induzido por Eros, ser o destino de sua filha casar com um ser monstruoso.
Após muito pranto, mas sem ousar contrariar a vontade de Apolo, a jovem foi levada ao alto de um rochedo e deixada à própria sorte, até adormecer e ser conduzida pelo vento Zéfiro a um palácio magnifico, que daquele dia em diante seria seu.
Lá chegando, a linda princesa não encontrou ninguém, mas tudo era suntuoso e, quando sentiu fome, um lauto banquete estava servido. À noite, uma voz suave a chamava e, levada por ela, conheceu as delícias do amor, nas mãos do próprio deus do amor.
Os dias se passavam, e ela não se entediava, tantos prazeres tinha: acreditava estar casada com um monstro, pois Eros não lhe aparecia e, quando estavam juntos, usava sempre um capuz. Ele não podia revelar sua identidade pois, assim, Afrodite descobriria que não cumprira suas ordens - e apesar disto, Psiquê amava o esposo, que a fizera prometer-lhe jamais retirar-lhe o capuz.
Passado um tempo, a bela jovem sentiu saudade de suas irmãs e, implorando ao marido que permitisse que elas fossem trazidas a seu encontro. Eros resistiu e, ante sua insistência, advertiu-a para a alma invejosa das mulheres.
As duas irmãs foram levadas. A princípio mostraram-se apiedadas do triste destino da sua irmã, mas vendo-a feliz, num palácio muito maior e mais luxuoso que o delas, foram sendo tomadas pela inveja. Constataram, então, que a irmã nunca tinha visto a face do marido, então sugeriram-lhe que, à noite, quando este adormecesse, tomasse de uma lâmpada e uma faca: com uma iluminaria o seu rosto; com a outra, se fosse mesmo um monstro, o mataria, tomando posse de todas as riquezas.
Julgando que os conselhos das irmãs eram ditados por amizade, pôs em execução o plano que elas haviam lhe dito: Após perceber que seu marido entregara-se ao sono, levantou-se tomando uma lâmpada e uma faca, e dirigiu a luz ao rosto de seu esposo, com intenção de matá-lo.
Espantada e admirada com a beleza de seu marido, desastradamente deixa pingar uma gota de azeite quente sobre o ombro dele. Eros acorda - o lugar onde caiu o óleo fervente de imediato se transforma numa chaga: O Amor está ferido!
Percebendo que fora traído, Eros enlouquece, e foge voando pelas enormes janelas, gritando repetidamente: O amor não sobrevive sem confiança!
Psiquê fica sozinha, e desesperada com seu erro, no imenso palácio. Precisa reconquistar o Amor perdido. Vaga pelo mundo, desesperada, até que resolve consultar-se num templo de Afrodite. A deusa, já cientificada de que fora enganada, e mantendo Eros sob seus cuidados, decide impor à pobre alma uma série de tarefas, esperando que delas nunca se desincubisse, ou que tanto se desgastasse que perdesse a beleza.
Depois de executar todas as árduas tarefas ordenadas por Afrodite, entre elas perdir um pouco da beleza da deusa Perséfone, crente que Psiquê nao voltaria com vida, a jovem entrega a caixa contendo a beleza à Afrodite, enquanto Eros vai até Zeus e pede que o case com Psiquê que concede esse pedido, e posteriormente Psiquê é tornada imortal e passam a viver no Olimpo, onde tiveram os tri-gêmeos: Volúptas, Volúptia e Eros II.
"Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna." (Platão)
Fontes:
Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal; e arquivo de livros pessoais.